Questões críticas que emergem da fase de avaliação do impacto da Reforma do Ensino Secundário (In: 2º Relatório, GAAIRE, pp. 4-6).
1. Sistema de Educação-Formação;
2. Sistema de Gestão/Organização escolar;
3. Sistema de Comunicação/Informação entre os actores e as instâncias de decisão.
2. Sistema de Gestão.
• Formação de Professores.
Versões divergentes - Entre a reclamação de desadequação da oferta por parte dos professores e as de desinteresse dos professores por parte dos directores dos centros de formação.
• Gestão escolar.
Os Projectos Educativos de Escola são, em muitos casos, documentos formais com impactos reduzidos na definição de estratégias e práticas efectivas da escola;
Deficit de coordenação do trabalho docente, designadamente no que se refere à articulação e gestão curricular;
O trabalho de coordenação centrado no acompanhamentos de conjuntos de alunos aparenta ser mais eficaz do que um trabalho de coordenação centrado em afinidades entre disciplinas.
3. Sistema de Informação.
• Articulação entre ensino básico e ensino secundário.
A preparação do ensino básico é insuficiente, criando-se um “fosso” entre ciclos, o que tem a sua manifestação mais visível nas taxas de reprovação no 10º ano (devido à conclusão do 3º ciclo do ensino básico por alunos que não fizeram uma aprendizagem consolidada; a dispersão e pulverização do currículo e a implementação de reformas em ambos os ciclos realizada sme sequência na desarticulação vertical de programas);
O modulo inicial dos programas do 10º ano concebido para detectar e colmatar estas lacunas, ou não é implementado ou, quando o é, não é suficiente.
• Articulação entre ensino secundário e ensino superior.
A Reforma do Ensino Secundário, ao permitir uma maior diversificação de perfis de saída, acaba por colocar dificuldades acrescidas de correspondência entre competências requeridas para a frequência do ensino superior e competências possuídas pelos alunos candidatos;
Problemas no que diz respeito à informação sobre as condições de acesso ao ensino superior exige uma articulação efectiva entre o ME e o MCTES.
• Articulação entre a escola e os outros actores.
? Problemas específicos de cada uma das escolas, nomeadamente ao nível da oferta formativa e do financiamento, exigem um envolvimento mais eficaz dos serviços centrais e regionais do ME e do PRODEP;
? Contar com o apoio de outros profissionais nas escolas, encontrar mecanismos para promover a participação dos pais, promover uma maior auscultação e envolvimento dos empregadores, na definição da oferta, são algumas das sugestões recenseadas no terreno tendo em vista a facilitação da relação da escola-meio.
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