9 de outubro de 2006

Banalidades…

Ontem ouvi o Professor Marcelo na RTP1 e li a crónica do Vasco Pulido Valente no Público. Ambos os comentadores deixaram algumas notas sobre o ECD e um deles confessou mesmo ter lido o documento, o que não deixa de ser fantástico.

O primeiro disse que a ministra tem razão na substância da “reforma”, nomeadamente, a utilização de um sistema de cotas para limitar o acesso dos professores ao topo da carreira. Não disse, contudo, o porquê [presumo que não teria argumentos ali à mão]. Condena a ministra pela forma áspera e rápida como pretende impor as mudanças sem contar com a colaboração dos actores. Desse modo comprometerá o sucesso das mesmas.

O segundo disse que os professores não têm razão porque rejeitam a avaliação e o “ano à experiência” o que, continuando a citar o autor, “não seria útil nem sensato acabar com ele”. Diz também que há um ponto em que a fúria dos professores se compreende: “A tentativa de regular e dirigir um sistema tão extenso, pesado e complexo de um prédio da 5 de Outubro deu, e dará sempre, um péssimo resultado”. Ora, o que devia vir por aí era um”mercado de ensino” porque “ […] o mercado, embora imperfeito e limitado, ajudaria a devolver alguma responsabilidade ao sistema: aos pais porque pagariam, aos filhos porque a violência, a indisciplina e a preguiça custariam caro, e aos professores porque a concorrência lhes traria uma autoridade real.”

E assim se faz a opinião neste país… banal q.b.

Nota: Ah… o professor Marcelo lembra os professores que as greves são a pior forma de ganhar a opinião pública porque terão os alunos e os pais contra eles. Pela parte que me toca agradeço o aviso, caro professor. Evidentemente farei greve!

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