20 de abril de 2005

A balada do erro.

Quando me pedem para esclarecer tenho uma tendência enorme para obscurecer. O erro é, assumidamente, intrínseco.
Não sei bem por onde começar. Isso significa, desde logo, que o erro é coisa que percorre o meu dia-a-dia. Podia começar nas situações genéricas e acabar nos casos concretos o que me obrigaria a contextualizar o desacerto. Uma pincelada para o geral, outra para o particular:
Erro quando analiso o real utilizando lentes desadequadas. Erro quando interpreto o envolvimento utilizando um único [o meu] quadro de referência. Numa escalada vertiginosa, erro quando desprezo os diversos registos que permitem ao outro ver o mundo. Ora, esta omissão é tão grave que gera uma cadeia de equívocos e, por via disso, obsta a comunicação diminuindo a eficácia do conjunto na acção. O resultado é simples. Numa conjuntura em que se impõe a clareza, erro ao conter a informação e as propostas de uma escola alternativa.
Aproximando-me um pouco mais do concreto, chego às pessoas que me rodeiam. Erro na definição das estratégias de mobilização para o objectivo comum. Erro na avaliação do potencial do outro e, naturalmente, erro na minha auto-avaliação.
Finalmente, erro ao pensar que erro!

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