O C. tem 16 anos e frequenta o 8º ano de escolaridade. Para ser mais correcto, e de um ponto de vista administrativo, o C. frequentava o 8º ano. O aluno deixou de ser aluno, isto é, o sistema educativo não reconhece o C. como aluno. Parece confuso, mas nada que se compare à grande confusão em que se tornou a sua vida [e que grande conversa daria a sua vida]. O C. em três meses ultrapassou o limite de faltas tendo sido excluído das actividades lectivas embora continuasse a participar assiduamente num projecto extra-curricular que C. considerou atraente [com a permissão do órgão de gestão e dos pais].
Casos como este são frequentes e expõem uma face da escola exclusiva. A partir deste caso podemos olhar a escola e questionar a sua identidade. Este caso retrata uma dos paradoxos da escola actual: a escola deixou-se reduzir à sua dimensão lectiva e continua a afirmar-se como uma escola pluridimensional.
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