9 de maio de 2008

Na mouche.

«MLR insiste nos lugares comuns e na desfiguração do papel da escola
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse, ontem, em Braga que "a escola actual tem de ser mais aberta e participativa, de forma a formar jovens para a cidadania e para a sociedade do conhecimento"."A escola tem de formar cidadãos para participarem numa sociedade aberta e participativa, mas tem também de os preparar para serem autónomos, capazes de desenvolver projectos pessoais e profissionais", declarou.A governante falava durante a sessão inaugural do 1º Congresso Escolar - Ambiente, Saúde e Educação que começou hoje no Mosteiro de Tibães, em Braga.Maria de Lurdes Rodrigues disse que "o sistema de ensino tem de se preocupar em formar cidadãos europeus, mas tendo em atenção que o desafio que os espera é global e não apenas da União Europeia".Realçou que as escolas têm hoje uma missão diferente e mais difícil do que no passado, dificuldade que se prende "com as novas exigências que o mercado coloca aos jovens que nele entram". E sublinhou que "o sistema de ensino já não é só um sistema de aprendizagem, posto que tem de responder de forma positiva a novas exigências e sinais sociais, em áreas como a saúde, o ambiente e a cidadania".

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Comentário

MLR insiste nos lugares comuns e na desfiguração do papel da escola e da profisão docente. Para MLR, a escola serve para tudo menos para cumprir a sua essência: transmitir a herança cultural, científica, artística e tecnológica. MLR opina que a "escola já não é só um sistema de aprendizagem". Diz que as "escolas têm hoje uma missão diferente da que tinham no passado". Diferente em quê? Não continuam a ensinar Matemática, Línguas, Ciências, Artes, Tecnologias, História e Geografia? Não continuam a desenvolver o potencial de cada um? Não continuam a fazer a formação cultural e cívica das novas gerações? Repare como MLR desvaloriza o papel da escola enquanto promotora da aprendizagem e valoriza os "novos papéis" de prestação de cuidados sociais e de guarda das crianças e dos jovens. Quando MLR afirma que a escola "tem de responder de forma positiva a novas exigências e sinais sociais", está a reforçar a desfiguração da escola e da profissão docente, tornando-os agentes que prestam serviços sociais e esquecendo-se de que os serviços sociais devem ser prestados, não pelos professores, mas sim pelos assistentes sociais e educadores sociais.

MLR fala muito, diz sempre a mesma coisa e insiste nos lugares comuns. A sua presença constante nos media e nas escolas é um factor de perturbação. Cada vez que abre a boca lança mais confusão sobre o sistema e aumenta a desmotivação e irritação dos professores.»

(http://ramiromarques.blogspot.com/2008/05/mlr-insiste-nos-lugares-comuns-e-na.html)

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