23 de fevereiro de 2008

Rigor e excelência da treta.

O despacho* da avaliação a qualquer preço.

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Adenda I: O ME parece ignorar dois efeitos negativos da regulamentação relativa à avaliação: a degradação das condições de trabalho dos professores que terão trabalho extraordinário [não remunerado?] para colmatar as ausências em serviço dos avaliadores; o abandono precoce do ensino de professores experimentados que, paradoxalmente, verão como uma oportunidade de melhoria da sua qualidade de vida o regime extraordinário de aposentações na função pública.

Adenda II: Recuemos ao 1º concurso de professores titulares. As vagas para professor titular eram insuficientes para as necessidades das escolas. O presente despacho assinado pelo secretário de estado, Valter Lemos, procura agora remediar aquilo que todos nós, na escola situada, sabíamos e alertámos em tempo útil: a cota de titulares era errática e mal distribuída, e não atendia às necessidades reais dos diversos grupos disciplinares. Seria necessário cumprir o rácio de 1 professor titular por três professores não titulares por grupo disciplinar. Nada disso aconteceu porque a tutela está APENAS interessada em conter o acesso ao topo da carreira. Objectivo alcançado, agora é a lógica do desenrasca e do vale tudo para cumprir aquilo que se defendia como uma bandeira do rigor. Como já comentei no blogue da Teresa, que triste sina a nossa...
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* Delegação de competências

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