2 de fevereiro de 2006

Olhares de fora…

1. Será a profissão professor susceptível ao isolamento? Admitindo que sim, que a profissão professor é uma profissão de grande desgaste emocional, qual é a verdadeira amplitude do problema? Será necessário propor medidas especiais regenerativas? Será um problema sério de saúde pública [é que cerca de 200000 operários é uma multidão…]? Ou não, que os queixumes de muitos professores tipificam a luta corporativa que visa preservar o estatuto profissional e evitar a despromoção social [isto é, a desvalorização salarial, a perda de regalias, etc.,etc.]?

2. Realizam-se inúmeras discussões a pretexto de um suposto braço de ferro entre os professores e o ME. É raro encontrar no enredo da argumentação um apelo à defesa dos interesses dos alunos. Qual é o fundamento desta corrente de opinião que censura a actuação dos professores? Admitindo que a crítica é plausível, por que razão os professores adoptaram a postura autista que dizem ver na actuação do ME?

3. Admitamos que a actuação política do ME tem sido desastrada. Será admissível que não se vislumbre uma medida que seja a merecer um louvor e o reconhecimento público da parte dos professores?

É que uma crítica decorre de uma autocrítica!

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