Mas nós embarcamos. E só nos apercebemos quão distantes as opiniões destes especialistas se encontram do conhecimento circunstanciado quando eles tocam nos assuntos que mais nos ocupam. O clique estala quando as suas opiniões são dirigidas para uma área de conhecimento que julgamos dominar e não encontram eco na realidade por nós percebida.
Isto para dizer que, de um momento para o outro, a escola ficou reduzida às aulas de substituição e ao trabalho docente. Não, não retomarei o equívoco enfadonho gerado pelas aulas de substituição. Prefiro recolocar velhas questões que necessitam de outro olhar. Deixem-me então arrumar algumas ideias que ainda não perderam actualidade:
- A escola insiste na sua tradição unidimensional quando ninguém ousa defender a “unidimensionalidade” da pessoa;
- A escola é uma organização “imutável” [as palavras são do Rui Canário] e nenhum governo ousa apontar uma mudança de paradigma;
- Os problemas da inclusão e da diversidade reclamam uma reentrada na agenda da escola;
- O parque escolar continuará a servir as necessidades de organização de uma escola do passado;
- A formação inicial de professores é um baldio de ideias onde poucos se atrevem a entrar;
- A formação contínua de professores não incorpora a inovação;
- O Ministério da Educação promete autonomia às escolas e reforça mecanismos de controlo;
- …
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