20 de agosto de 2005

Auto-avaliação

Regresso aos assuntos da escola com vontade de trilhar outros caminhos. Este desejo de mudança, típico do período sabático [é apenas uma metáfora] em que me encontro, é acompanhado por um conflito de olhares para a coisa educativa. Um conflito sem rosto. São dúvidas que me assaltam durante o meu percurso em direcção a novas paragens. E como é bom de ver, a blogosfera, principalmente esta pequena comunidade que não fica indiferente às questões educativas, tem contribuído para a transformação de um processo que já foi exclusivamente solitário numa rede de cumplicidades. Todos, voluntária ou involuntariamente, têm provocado alterações na minha forma de pensar e de ver o mundo. Se assim não fosse por que razão me amarraria ao teclado ao longo de quase dois anos? A auto-avaliação, a meta-cognição, são fundamentais para nos situarmos.

E por falar em auto-avaliação, estranhamente [digo eu], o trabalho da Inspecção-Geral da Educação (IGE) tem passado despercebido nas reflexões que temos mantido por aqui. A IGE desempenha, com autonomia administrativa e técnica, funções de auditoria e de controlo do funcionamento do sistema educativo no âmbito do ensino não superior. A IGE, para além das intervenções pontuais, ou seja, aquelas que não susceptíveis de previsão ou de programação prévia, nomeadamente, as actividades de Provedoria e Acção Disciplinar, desenvolve intervenções sistemáticas, ou seja, aquelas que são susceptíveis de programação prévia. Refiro-me às actividades de Acompanhamento, de Controlo, de Auditoria e de Aferição. Como se lê no site da IGE, “Poder-se-á dizer que as intervenções sistemáticas decorrem das prioridades políticas estabelecidas para a Inspecção-Geral da Educação e que as intervenções pontuais resultam da situação concreta da vida nas escolas e do que dela decorre e suscita a intervenção da IGE”.

A questão da qualidade do sistema educativo tem sido, insistentemente, aflorada nas discussões mais ou menos mediáticas. A IGE, como seria de esperar, no âmbito das suas funções, não ficará indiferente à promoção da qualidade nos estabelecimentos de educação e de ensino. Este é, aliás, um dos objectivos da actividade Efectividade da Auto-Avaliação das Escolas realizada no âmbito da aferição da qualidade dos níveis de qualidade alcançados no planeamento, na organização e na realização da prestação educativa.

Querem ver que encontrei matéria para me ocupar nos próximos dias [de férias]?

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