10 de março de 2005

Sequelas…

1. Dizia o Manuel, comentando uma entrada mais em baixo, que sente saudades do outroolhar, talvez mais epiderme, mais saído das entranhas, mais sentido. Confesso que também sinto alguma nostalgia pela escrita aberta, mordaz q.b. que pintou este espaço durante algum tempo. Para além da escrita acre e doce [presunção e água benta cada um toma a que quer], confesso que não quero prescindir do calor da proximidade das relações pessoais e, paradoxalmente, da instabilidade dos laços profissionais [é uma heresia para quem considera a estabilidade com um valor supremo].

2. Há uma crença nas escolas de que a estabilidade do corpo docente favorece a consolidação dos projectos educativos, permite a aceleração dos processos de tomada de decisão de médio e longo alcance, promove a proximidade afectiva dos actores implicados. Por outro lado, existem disfuncionalidades na profissão [o paternalismo e o paroquialismo, por exemplo] que podem emergir da estabilidade da organização. Para não ser rotulado de maniqueísta encontrei uma fórmula[?] mais conciliadora: o equilíbrio instável [já defendi a ideia por aqui].

3. Isto a propósito dos processos enviesados que conduzem à tomada de decisão sobre questões estratégicas, nomeadamente, a criação e manutenção de cursos nas escolas e a definição da rede escolar, adoptando o critério da estabilidade do corpo docente.

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