3 de março de 2005

A “nossa” selecção.

[Coloquei este comentário no Memória Flutuante. Convido-os a passarem por lá.]

Varela de Freitas aceita os exames quando o problema da selecção social se puser. “Se eles passassem a existir, a maior parte dos professores passaria a «ensinar para os exames»[…]”.
Admitamos a inevitabilidade da selecção social. A administração educativa já utiliza meios mais ou menos refinados para promover a selecção social dos alunos do ensino secundário, nomeadamente, através da introdução de critérios objectivos para a constituição das turmas. A selecção dos alunos para os cursos orientados para o prosseguimento de estudos difere dos cursos tecnológicos e a preferência dada aos alunos com uma “folha limpa” de negativas às disciplinas de Matemática e Física para os cursos científico-naturais é um bom exemplo da mão centralizadora do Estado. [Nunca percebi porque é que nos deixamos surpreender com os resultados académicos mais fracos dos alunos dos cursos tecnológicos.]
Se os exames actuam de forma perversa nas práticas educativas [como foi reconhecido] porque é que continuamos a insistir neste instrumento “débil” de selecção social?


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