14 de novembro de 2007

O mito da escola personalista.

O programa da minha disciplina é claro: “se a avaliação inicial o permitir, o professor pode seleccionar níveis mais exigentes de objectivos de desenvolvimento dos alunos, no plano de turma, de acordo com as suas características (possibilidades) e a sua estratégia pedagógica.”
Se esta orientação se aplicasse a outras disciplinas, posso depreender que o ensino que se deseja ver implementado deveria ser personalizado e que os materiais e os instrumentos de avaliação a utilizar teriam de ser diversificados? Um teste escrito, por exemplo, quando aplicado a um determinado grupo de alunos poderia ou não ser desajustado para outro grupo de alunos da mesma turma quando situados num patamar de aprendizagem diferente? Isto significaria que os testes de formato único, interessantes sob o ponto de vista da normalização da avaliação, seriam ineficazes para classificar os desempenhos dos alunos situados fora da norma?

Se a orientação acima citada se aplicasse a outras disciplinas, se o ensino fosse personalizado, seria ou não exequível planificar e preparar este tipo de materiais no tempo de trabalho individual marcado no horário semanal dos docentes? [beeem, esta saiu ao lado ;))]

Se se entender que a orientação não é extensível às restantes disciplinas então por que motivo(s) se alimenta o mito da escola personalista que subjaz à Lei de Bases do Sistema Educativo?

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